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LEUCEMIA

A Leucemia é um câncer que inicia nas células-tronco da medula óssea. Para entendermos melhor o que a Leucemia faz no nosso corpo, primeiro precisamos conhecer um pouco mais sobre o nosso sangue. 

O sangue circula por todo nosso corpo, levando oxigênio e nutrientes para todos os órgãos. A produção do sangue é feita na medula óssea. Ou seja, a Leucemia inicia direto na nossa "fonte de produção" das células sanguíneas. A medula óssea é formada por uma parte líquida (plasma) e uma parte celular (glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas).

Vamos entender melhor a função de cada um:

O plasma é composto de 90% de água, proteínas e sais minerais. Ele que leva as substâncias nutritivas que nossas células precisam.

Os glóbulos brancos (Leucócitos) são responsáveis por combaterem as infecções, combatendo diretamente as bactérias e vírus no sangue. Também produzem as globulinas, as quais fortalecem o nosso sistema imunológico.

Já os glóbulos vermelhos (Hemácias), possuem alto teor de hemoglobina, a qual é uma proteína avermelhada que contém ferro. Essa hemoglobina vai capacitar os glóbulos vermelhos a levar oxigênio a todas as células do organismo.

E as plaquetas são pequenas células que contribuem no processo de coagulação do sangue. Elas irão se acumular ao redor de uma lesão (cortes) e interromper a perda de sangue. 

Os glóbulos brancos (Leucócitos) são responsáveis por combaterem as infecções, combatendo diretamente as bactérias e vírus no sangue. Também produzem as globulinas, as quais fortalecem o nosso sistema imunológico.

Bom, então o que acontece no nosso corpo quando estamos com Leucemia? O que muda nesse processo?

A Leucemia irá atuar nos glóbulos brancos, e, então, quando está acontecendo o processo de produção do sangue na medula óssea, uma célula sanguínea que ainda não atingiu a maturidade de estar pronta, sofre uma mutação genética que a transforma em uma célula cancerosa.

 

Essa célula anormal não funciona da maneira esperada: acaba sendo produzida mais rápida do que a célula normal e permanecendo no organismo por mais tempo também.

Desta maneira, as células sanguíneas normais e saudáveis da medula óssea vão sendo substituídas por essas células anormais cancerosas.

A Leucemia pode ser classificada como "aguda" ou "crônica", de acordo com essa velocidade de crescimento das células cancerosas, assim como a sua funcionalidade. 

A Leucemia Aguda é a mais acelerada em seu processo de produção de células doentes. Além disso, produz células que não estão nada maduras, ou seja, não conseguem realizar bem as funções normais.

A Leucemia Crônica, entretanto, normalmente é mais lenta em sua progressão, e, por isso, os pacientes conseguem manter um número de células maduras. De maneira geral, essas poucas células maduras conseguem realizar um pouquinho das funções normais.

As células sanguíneas normais e saudáveis da medula óssea vão sendo substituídas por essas células anormais cancerosas.

A Leucemia também é classificada conforme o tipo de célula do sangue que foi afetado. Como falamos antes, ela atinge os glóbulos brancos, o qual se divide em dois tipos: mieloide e linfoide.

As que impactam nas células linfoides são chamadas de linfoide, linfocítica ou linfoblástica. E a leucemia que afeta as células mieloides são chamadas mieloide ou mieloblástica.
 
Combinando as duas classificações, existem quatro tipos mais comuns de leucemia:

 

  • Leucemia Linfoide Crônica (Células lentas): A maioria das pessoas diagnosticadas com esse tipo da doença tem mais de 55 anos. Raramente afeta crianças. 

  • Leucemia Mieloide Crônica (Células lentas): Acomete principalmente adultos. 

  • Leucemia Linfoide Aguda (Células rápidas): É o tipo mais comum em crianças pequenas, mas também ocorre em adultos. 

  • Leucemia Mieloide Aguda (Células rápidas): Ocorre tanto em adultos como em crianças, mas a incidência aumenta com o aumento da idade.

As informações aqui citadas não substituem o atendimento médico. Caso você esteja com algum sintoma, procure o médico mais próximo.

Cada Leucemia se manifesta de uma forma diferente, com sintomas e sinais diferentes. Após o diagnóstico, a equipe de tratamento irá avaliar o estadiamento da doença, planejando o melhor tratamento para você.

Texto escrito por Cíntia Consul.


Referências:
Oncoguia: http://www.oncoguia.org.br/
Inca: https://www.inca.gov.br/
Abrale: https://www.abrale.org.br/

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